A DOR DO AMOR
num céu limpo e azulado
intenso, possante, dominador
o coração se sente assim...despedaçado
é assim a dor do amor
por que o amor dói?
se deveria apenas amansar a alma
por que exulta-se? incendeia-se?
por que queima? arranca a pele?
a dor do amor
...parece ferida aberta
sangra... fica exposta
e não ha band-aid que a cubra
não ha remédio que a anestesie
arrepia a alma, parece que nunca passa
é como numa janela de um trem
quando a paisagem passa...passa....
e nunca acaba...
como se o mundo não tivesse um fim
naquelas estradas intermináveis
assim é a dor do amor
uma loucura em vida
um pano de fundo
um riso descontrolado
um choro descompassado
a dor do amor só passa
quando acorda a alma
que dorme tranquila
e a deixa em alvoroço
ela quer a presença
o cheiro, o toque, o abraço
quer o beijo enroscando línguas
as pernas entrelaçadas
e depois do amor,
essa mesma dor... o amor abraça
fecha os olhos devagarinho
acalma todos os sentidos
e fica em estado de graça
Mary Fioratti
2 comentários:
Olá, amiga Mary!
Conseguiste falar sobre o outro lado do amor de uma forma muito bonita e terna. Nem senti que afinal pode doer, o amor!
parabéns pelo sentir tão profundo e transparente!
um beijo em estado de poesia!
Kiesse
Meu querido Edu,
Que bom que voce veio me visitar! Sua visita para mim eh sempre uma honra, voce eh um dos melhores poetas que ja conheci! E me honra seu comentario! Estou tentando refazer meu blog... e voltar a toda para o mundo das poesias. Me aguarde. Amo voce!
Beijos carinhosos
Mary
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