30 março 2010



SUBMISSA



faço-me toda sonho
diante de seu querer
rendo-me ao seu fascínio
das fantasias imaginadas
daquele suspirar
do fechar os olhos
e exalar carícias
daquele torpor
da sua lembrança tão viva
do meu primeiro amor
faço-me toda mulher
diante do seu olhar
e na sua boca carinhosa
meus seios intumescem e se arrepiam
na ternura de nossas mãos
meu corpo se umedece
e nossos gestos - confidenciam-se
não me importa agora o meu desejo
esmaga sua boca no meu beijo
e realiza o seu - nesse momento!
sou sua infinitamente sua
vem e me ama do jeito que queres
quero agonizá-lo em prazeres
misturar-me no suor de sua pele
serpentear meu corpo em seus braços
e na tontura entre o real e irreal
esgazear-me em desejos
nesse seu olhar que tanto me atiça
segreda em meus ouvidos
seus comandos
e os obedecerei

um
.
.
a
.
.
um
.
.

solícita
sôfrega
submissa



Mary Fioratti

08 março 2010





Meus queridos leitores e amigos:

Estou dando um tempinho, tirando umas feriazinhas, mas logo volto.
Tenho algumas coisas a arrumar em meu Blog e alguns projetos a fazer.
Beijos carinhosos e obrigada a cada um de voces por sempre me acompanharem!


Mary Fioratti

02 março 2010



NO SILENCIO DESSA MANHÃ


no silencio dessa manhã
seu rosto é pintado
pelos pincéis de minha retina
e piscam meus olhos
quando meus cilios
dao um retoque final
no quadro definitivo
de meus sonhos

seu rosto
estará sempre
na parede da sala do meu sentir
onde visualizo sua lembrança
nos meus mais profundos desejos
você sempre vai trazer
através dos pensamentos
esse torpor em meu corpo
essa sensação de abandono
do querer ser sua
e agarrar-me em seu corpo
e olhar dentro de seus olhos
e beijar a sua boca
com aquela sofreguidão
e entregar meu corpo
cheio de caricias submissivas
sussurrando palavras sem sentido
em seus ouvidos


no silencio dessa manhã
quando as verdades
mais absolutas surgem em meu peito
eu olho esse quadro
onde seus olhos vivos e doces
olham para dentro dos meus
e seu sorriso, ah! esse seu sorriso
entra dentro do meu coração
rasga uma senda de arco-iris
e faz vibrar cores
dentro do meu peito
com aquela velha e tão forte
conhecida emoção


Mary Fioratti