23 dezembro 2008


UM MARAVILHOSO NATAL PARA TODOS VOCES!




ACABOU DE CHEGAR MEU PRESENTE DE NATAL! A minha filha Patti, as 5:49 da tarde!


Foto tirada hoje antes de ir a missa a noite


Aqui um PS antes do meu texto...Hoje fiquei muito emocionada na missa. Mas me emocionei de uma tal forma que nao conseguia parar de chorar. Isso porque nos estavamos ali, de maos dadas, e aquele Coral de Natal...tudo muito emocionante!
Estava pensando interiormente quantas gracas maravilhosas tive esse ano! E ali estavamos, nós dois, mais uma vez, em mais um Natal (que espero sejam muitos).



Meus amigos queridos!
Acabei de montar a minha arvore de Natal junto com o Roque. Este ano na verdade, estamos um pouco atrasados (risos), mas essa epoca é realmente uma correria, nao é mesmo?
No instante em que colocávamos os enfeitinhos na árvore, um a um, fiquei pensando na magica desse momento! Fiquei a olhar as maos do Roque cuidadosamente colocando cada enfeite. E com furtivos olhares, agradecendo interiormente por estarmos ali, juntos, mais um ano, enfeitando nossa árvore de Natal!
Temos tantas bencaos para agradecer! Tantas coisas a valorizar! E eu sou assim: valorizo cada momentinho, interiorizo-o e o guardo.
Para sempre ele estara colado no album do meu coracao! Meus albuns de recortes que se eternizam a cada dia.
Quando voces estiverem em sua festa de Natal, ou almoco, ou reuniao, ou em qualquer momento .... parem por um instante e olhem para quem estiver ao seu lado. Mas olhem nos olhos. Olhem as outras pessoas que se movimentam. Sintam os risos.
Observem os rostos. Os gestos. Facam do Natal um momento sentido, e profundamente interiorizado. E um Natal único, ele não se repetirá!
E agradeçam por mais um ano estarem comemorando com saude, ao lado daqueles que lhe são tao queridos.
E presenteiem cada um com aquele seu olhar especial. Muito especial!

FELIZ NATAL A TODOS VOCES!
(deixo-lhes essas flores, e um olhar de carinho)






UM PRESENTE DE NATAL



A multidão caminha apressada.
Quase sem querer acompanho
os passos urgentes,
conduzida pela hipnótica decisão
de procurar um último presente.
Inútil dizer a mim mesma
que o amor não se reduz a isso.
Porque o meu olhar brilha de alegria
quando encontro a caixinha dourada.
que tanto se parece com a pessoa amada.
Sim, Natal não é só isso.
Amor, é coisa de todo dia
de convivência, de labuta
de alegrias e lágrimas.Eu sei.
Mas esse meu presente dourado
que nem de ouro legítimo é,
de repente torna-me única.
Diferencia-me da multidão.
Penso: assim devem sentir-se todos,
e cada um.
Em meio ao impulso consumista
que parece um delírio coletivo,
o rosto amado destaca-se, e sorri.
E fica difícil definir
o que é condicionamento,
o que é puro sentimento.

Dizem que nos esquecemos de um menino
nascido em humilde presépio.
Que Natal virou festa pagã.Pode ser.
Mas essa ternura materializada
cuidadosamente embrulhada
em óbvias e imperfeitas sensações,
ainda é o que nós humanos
temos de melhor a oferecer.

Mareluz (minha irma)

Um beijo a voces!
Mary Fioratti


19 dezembro 2008



UM AMOR PARA SEMPRE
(29 anos de Casados - 21/12/1979)



Há 29 anos atrás estávamos nos 10 horas da manha, no Cartório da Av. Nelson D’Avila em Sao Jose dos Campos, assinando nossos nomes no livro da vida...
Eu havia feito um vestidinho tipo bolerinho... e na ultima hora mudei de roupa (mas não de ideia).
Risos. Ainda bem!



CENAS DE UM CASAMENTO


Um juramento que perdura ate hoje (saudade de ver o rosto de minha mae atras de mim)



Eu, assinando meu nome, com seu sobrenome...



Cerimonia terminada, nos dois felizes.



Nossa lua-de-mel no Rio. Paramos para tirar uma foto para aquele tipo de binoculozinho que existia, lembram? Aqueles caras que tiram na praia...



Foram cinco anos de namoro. Cinco anos! Então na verdade, estamos juntos há 34 anos. Não é uma vida?

Aqui vai a historinha...

Estava eu cursando na época (1974) o Curso Secretariado no Sinésio Martins.
E um dia entrou você para dar aulas de Inglês para a turma. Cabelo nos ombros, calca justinha boca de sino (risos), uma personalidade diferente.
Muitas meninas “caíram” por você... e eu ficava a olha-lo pensando...você era diferente... mas aquele tempo eu estava namorando outro.

Sua personalidade era marcante. Muito determinado, ótimo professor, mas um pouco duro com a gente.. Um dia, cheguei atrasada, a porta da classe fechada, bati levemente e você abriu. Me perguntou: “Trouxe o livro?” Eu disse: “Não”. Você respondeu: “Quem não tem livro, não entra” e fechou a porta na minha cara!
(Será que foi aquele dia que me apaixonei? Risos).

Em Julho de 1974 eu já havia terminado com meu namorado (não por sua causa – eu ainda estava ferida – alias, ele terminou, não eu)...
E o tempo foi passando e fui prestando mais atenção em você... Tinha um físico bonito, um sorriso lindo (quando sorria, pois na maior parte do tempo era sério e chato! Risos). Jogava o cabelo para trás igual o Ronnie Von!

Começamos então uma “paquera” (palavra antiga, heim?) meio dissimulada... E eu comecei a escrever em papeizinhos cor-de-rosa pensamentos bonitos, e entregar para você todo fim de aula. Você parecia que nem ligava...dava uma de desentendido...

Um dia eu não escrevi nada, e você no fim da aula disse: “Hoje não tem pensamento?”
Ai pensei: “Ahhhh ele gosta!”. Risos...

Começou então um vai e vem de olhares. Eu era ótima em Inglês (só tirava 10!) e você sempre pedia que eu escrevesse na lousa os exercícios, pois achava minha letra bonita.

Fim de ano. Formatura. Você me pediu se eu poderia ajuda-lo a passar notas na Caderneta. Ficávamos numa classe sozinhos, (podia-se ouvir ate a respiração um do outro), uma falta de assunto...mas muitos olhares. Um dia voce me contou que havia comprado um fusquinha novo (na época era tudo de bom...risos). Era um fusquinha amarelinho...
Acabaram-se as notas...

Um dia cruzando com você no corredor, você me disse: “Você vai no jantar da Formatura?” E eu: “Não”. Você disse: “Vai sim, dá o seu nome na Secretaria”. Eu disse: “Vou ver”... (quanto fingimento!).
Mal você entrou na sala dos professores, eu fui correndo na Secretaria dar meu nome.

Então houve a entrega dos diplomas. Eles eram entregues por dois professores: ele e a D. Elsie, uma professora de Estenografia. D. Elsie já havia percebido o “clima” entre nos... Então, quando ela chamou meu nome, era para ela entregar meu diploma, mas passou para você... e você me entregou no meio de muitas palmas..

Naquele momento tive a certeza que algo rolaria entre nos...

Naquela noite muitas queriam sentar ao seu lado, e você sentou ao meu lado.. sortuda eu, heim?


Que olhada heim? E eu olhando pra cima, como se estivesse nem percebendo...


Depois você me levou para casa no seu fusquinha novo, e quando parou em frente, você disse: “Me da seu telefone, qualquer dia eu te ligo para a gente sair”. Eu disse assim:”Olha, quando você quiser me ligar, eu trabalho na Sociedade Construtora Aeronáutica Neiva, liga lá.. o numero tem na lista”.

(Na verdade achei que você estava dando uma de “bonzão” e não iria ligar nada... então para que perder tempo dando meu numero de telefone?).

Quando fui trabalhar aquela semana falei para a Arlete (recepcionista): “Olha, se um cara chamado Roque me ligar, me ache onde eu estiver!”.
Mas voce não ligou naquela semana. Um dia fui para S.Paulo, e naquele dia voce ligou... e a Arlete entregou o ouro para o bandido! Disse no telefone: “Nossa, você é o Roque? Ela esta esperando muito essa ligação!”.

No outro dia liguei.. era Carnaval. Nosso primeiro encontro foi no Kitungo...um barzinho que tinha perto da Faculdade. Na verdade sentada na mesa ali com você, eu mal acreditava que estava tendo um encontro com meu professor de Inglês!
Conversamos muito. Numa certa hora fiquei a brincar com seus óculos que estavam em cima da mesa, então você tirou os óculos da minha mão, e as segurou. Nossa! Uma corrente eléctrica correu pelo meu corpo. Aquelas mãos macias, gostosas, firmes, masculinas, lindas! (sempre achei linda suas mãos!).
E então houve nosso primeiro beijo, delicioso, alias, é a sua marca você beija deliciosamente até hoje!

Foram cinco longos anos de namoro.
Hoje... 29 anos de casados...
O que posso dizer de todos esses anos?

Tivemos nossos momentos como todos os casais do mundo... de suas duvidas, de desencontros...
Mas tivemos (e ainda temos) tantos momentos maravilhosos de ternura absoluta!

A receita do nosso casamento é a liberdade. A liberdade que tenho de ser eu mesma, sem mentiras.
Eh o meu espaço, é o respeito que você tem pela minha individualidade (e eu pela sua).

Gostamos de muitas coisas diferentes, e muitas coisas iguais. Nas diferentes, estamos separados... nas iguais, curtimos juntos como duas crianças!

Ontem mesmo tivemos um acesso de riso a noite tomando nosso chazinho...antes de dormir...
Foi algo que “somente nos dois entendemos”, essas coisas de casal, quando um le o pensamento do outro...

O tonico desses anos: o humor! Temos muito bom humor para tudo, e estamos sempre rindo de coisinhas diárias, quando poderíamos fazer delas um grande problema!

Seu genio sempre bom, sempre calmo, eh também o tonico para nossa felicidade!

Eu, sempre a mil por hora, saio atropelando pessoas e sentimentos. Você, calmo, equilibrado, tranquilo, segura a minha base...

Nunca me esqueço o quanto você sempre me incentivou em tudo na minha vida! Suas palavras foram sempre: “Você pode!” “Vá em frente!” e eu tenho sempre você por trás de mim, como uma base certa e segura de minha vida. Uma certeza absoluta que você me apoia incondicionalmente... e também mostrando meus erros, e me fazendo uma melhor pessoa.

Você alem de meu amor, é meu melhor amigo. Aquela pessoa que sempre penso em contar o que se passa comigo. Aquela pessoa que me olha com bondade, com ternura, e muitas vezes me achando criança ou menina, da seus conselhos, e ri das minhas bobagens...

Quando vejo você sair de manha para o trabalho, sinto um acesso de ternura ao ve-lo andar em direção ao seu carro, quando espio pela janela. Seu corpo magro, de menino, leva dentro de si uma maturidade e uma grande responsabilidade. Seus gestos sempre são calmos e ternos.

De todo tempo que estamos juntos, acho que só vi você bravo uma vez, quando pisei sem querer nos seus óculos! (risos).

Sinto-me hoje muito privilegiada por estar comemorando com você esses anos juntos. Você me ensinou a ser uma pessoa muito melhor! Nossas diferenças básicas fizeram de nos dois não “uma só pessoa”, como costumam dizer (isso eh tão sem graça, não eh?). Mas nos fizeram pessoas distintas, porem unidas com esse laco do amor verdadeiro.

Nada nesse mundo é perfeito. Já tivemos nossas recaídas Nossas conversas serias.
No entanto sempre mantivemos entre nos esse sentimento inteiro e verdadeiro. Como algo que sabemos ser indestrutível.
Dentro das cinzas que já tivemos sempre houve essa brasinha que novamente acendeu nossa lareira.

Hoje eu quero dizer que eu te amo. Eu te amo de uma forma madura e verdadeira, intensa e sincera. Sem maquiagem, subterfúgios, sem novela, sem embromação.


Mary Fioratti




11 dezembro 2008



UM MERGULHO NO MEIO DO CORAÇÃO




Lembro agora daquela musica :"Alguma coisa acontece no meu coração...quando eu cruzo a Ipiranga com a Avenida São João"...




BRASIL...BRASIL....

Quando pisei naquele chão depois de tanto tempo, era como se eu estivesse sendo sugada pela energia e beleza de minha terra.
Andando pelas ruas, sentindo a energia no ar...
Andei carregando minhas malas, passando pela Alfandega, ansiosa para encontrar meu cunhado e minha cunhada que estavam me esperando.
Um abraço sentido, e saudoso.
E lá fomos nos para São José dos Campos.
Na estrada paramos para um almoço delicioso! Nada como a comida brasileira! Um
buffet com tudo que eu poderia sonhar.



Dali para a frente, foi somente emoção em cima de emoção. Difícil descrever o que sinto ao entrar pelas ruas que morei. Nos lugares que estive. Rostos se desenham nos caminhos, enquanto ando... Abraços antigos se delineiam na solidão de meus passos, criados com minhas lembranças. Como o Banhado, por exemplo. Quantas vezes namorei ali deitadinha na grama, vendo o por-do-sol, escutando historias de Fernao Capelo Gaivota.



Nas ruas, o meu povo, sangue brasileiro. Pessoas com alma, com coração, que me olham e conversam comigo como se tivessem me visto "ontem".
Dou sinal a um ónibus, e entro misturando-me com meu povo. O desejo de sentir que pertenço a aquele lugar.
Uma sensação indescritível de unidade absoluta.

Sinto-me tão diferente! Como num passe de magica de repente volta essa Maria Inês que sempre existiu. Uma que pode falar o que pensa, rir por nada, olhar as pessoas nos olhos, abraçar a vontade. Reuniões de família onde deixo escapar minhas risadas escandalosas como as da minha mãe.





Onde ha abracos sentidos e verdadeiros:

GABRIEL E THATA





Não é preciso ir na casa da minha cunhada das 5 as 8. Posso chegar a qualquer hora, tocar a campainha, e ser brindada com um abraço e um café e não preciso medir o que faço. Não tenho hora para chegar, nem para sair. Tenho passe livre de identidade, onde quer que eu chegue.

Na casa de minha irmã, novamente dormimos no mesmo quarto como antigamente. Ficávamos conversando ate altas horas da noite, rindo de nada... A garrafa térmica na cozinha, as torradas, o queijinho branco. O chuveiro que faz barulho (que tem resistência), o sabonete Lux ou Rexona.

A novela das 8. Por que a Flora quer matar todo mundo? Por que a Donatela não conta
que eh mãe dele? Suspense... próximo capitulo! As saídas para a padaria comprar mortadela. Mortadela com pão e café com leite. Existe coisa melhor?




Encontro com os amigos. Aqueles abraços longos, apertados, o riso solto. As lembranças.

MEU GRUPO DE COLEGIAL















MINHAS AMIGAS DA JOHNSON







A risada franca da Cidinha...enquanto eu abocanhava uma esfirra...

MINHA AMIGA SUSI (SAO PAULO)




Amiga do coracao...amigas "peruas" (somente ela sabe o significado disso - risos), fui visita-la em Sao Paulo. Ela ja morou aqui nos EUA por 10 anos e sinto muitas saudades. Somos daquele tipo de amiga que nao precisa se dizer muito, mas apenas sentir (apesar de que quando estamos juntas, eu falo muito!).

MINHA QUERIDA AMIGA JOANA




Minha amiga Joana e seu filho Bruno. Joana e eu temos uma amizade ha trocentos anos. Iamos para a escola juntas todos os dias (ela passava em casa). Tempo de Bailes, de Roberto Carlos. Joana é a UNICA amiga daquele tempo que ainda mora na mesma casa, e tem o mesmo numero de telefone! Ela é meu ponto de referencia!

Tantas lembranças vêem ao meu encontro ao andar pelas avenidas do centro e ver o cinema que meu pai trabalhou 20 anos (hoje um Estacionamento), as pracinhas, os banco de jardim.

Lembrou-me a musica do Roberto: "Tudo era igual como era antes...nada se modificou...acho que só eu mesmo que mudei"...

Estávamos no shopping eu e minha amiga Emília tomando um café capuccino e de repente parou uma menininha com o pai. Ela ficou olhando para nos, e a Emilia brincou com ela, passando a mão na sua barriguinha. Perguntou seu nome. Imediatamente lembrei daqui... o que aconteceria se eu passasse a mão na barriguinha de uma menininha? Possivelmente seria presa. A pura verdade.
As crianças são acostumadas a dizer: "Don't touch".. (não me toque)... As crianças brasileiras no entanto vêem com sua pureza e simplicidade, com sua alegria natural e espontânea. Lindo isso... comovo-me com essa naturalidade de nosso Pais.

Que linda a moda brasileira! Estava a observar as mulheres no Shopping, suas bijouterias extravagantes, corpos tao bonitos, sandalias altas, tirei foto de algumas vitrines:





Conversei com tantas pessoas no ponto de onibus, troquei receitas na fila do
Supermercado, conversei com o motorista de táxi, com o cobrador de onibus, na Padaria, Farmácia, em todo lugar. Parece que no Brasil eu não me amedronto, porque eu sou eu mesma, não tenho medo de ser tolhida no que falo, ou não tenho a menor preocupação do que pensem.

Que energia linda de nosso Pais! Quanta coisa boa tem nessa terra! A irmandade, sinceridade, abertura, olhos nos olhos, sorriso de graça...

Não deixei de parar na Padaria para comer um delicioso café com leite e pão com mortadela. Fresquinha. Comi mandioquinha frita, escondidinho, pasteis, fava com linguiça, sagu, coxinha de frango com catupiri, croquete, quibe, caju, mamão papaia, manga, banana, beterraba (tão docinha!), empadinhas, carne seca, tomei guarana, agua tonica, comi chocolate de toda especie (bombom Garoto - que delicia!),
comi queijo branco com torrada, geleia de goiaba, carne com mandioca, pure de
mandioquinha, frango com milho verde, truta, doce de leite...mousse de chocolate.

Comida caseira!




Pisei no chão, na terra, andei subindo e descendo ruas desconhecidas. Passei por minhas casas antigas. A da Antonio Sais, primeira que morei em S.Jose, hoje eh uma Imobiliária. A casa é essa que esta o carro estacionado na frente. Na esquina era a Padaria do Sr. Rasquinha.



Na Estrada Velha Rio-Sao Paulo (hoje Heitor Villa Lobos), a casa que meu pai comprou virou também comercio...



Essa casa era tao bonita, meu pai havia "bordado" um jardim nela, com um coqueirinho no meio, tinha tanta vida!

A casa da Santo Agostinho (numero 93) perto do Tenis Clube, virou um prédio...



Fui para São Paulo um dia, peguei o metro relembrando meus velhos tempos de Sampa. Amo Sampa! Moraria lá num piscar de olhos!

Adoro andar na Rodoviaria, olhando aquele vem e vai de pessoas... sinto-me tao "eu".



Alguma coisa aconteceu no meu coração esta vez que fui para o Brasil.

Estava a descer o calçadão, no meio das Lojas, e de repente ouvi uma musica do
Roberto Carlos ecoar no meio daquela gente que ia e vinha...meu povo. Meu coração se confrangeu. Naquele momento senti um apelo tão verdadeiro de que eu pertenço a essa terra, e não onde estou. Senti uma vontade de chorar...

E saber que no momento não tenho possibilidade alguma de voltar.

MOMENTOS DE TERNURA EM FAMILIA







Ao descer do avião em Cincinnati, senti novamente esse mundo frio me envolver.
Americanos que iam e vinham, e eu no meio deles, uma "americana" somente no papel... porque no coração continuo sentindo todas as batidas brasileiras.
Tao dificil perceber que nao pertenco a esse mundo.

Uma estranha sensação de estar entrando no mundo do Star Trek...
Um mundo que preciso controlar minhas emoções. Um mundo que jamais poderei falar o que penso, e mostrar o meu verdadeiro interior.

Essa foi a primeira vez que senti isso. Talvez a idade tenha a ver muito tambem com tudo que senti.


Mary Fioratti