11 fevereiro 2006




AUSENCIA




Hoje o dia passa lento
E fico a olha-lo
Como a uma ampulheta
quando a areia desce fina
Percorrendo o gargalo
E se esparramando no fundo do vidro
Cada grao dessa areia que escorrega
Vai um pouco de mim em cada molecula
Como se eu mesma estivesse escorrendo
Totalmente liquida….
Transformando-me em-bebida de Saudade
Os momentos correm lentos
Quando ouco o barulho de seus passos
Mesmo sem ouvi-los
Pressentindo-os…
Onde quer que agora voce esteja
Quero que saiba
Que meu peito esta apertado de saudade
Que meus olhos perdem-se em sua fotografia
Fazendo crateras profundas em minha alma…
Procuro voce insistentemente
Entre os pedacos de sentimentos jogados
Em sua poesia
Juntando as palavras como quebra-cabecas
Fico a perceber a cor de seus olhos
A expressao de seu rosto
E nesse momento nesta ampulheta do tempo
na dor da minha fantasia
sinto cair com a areia
l
e
n
t
a
m
e
n
t
e
a minha poesia


®Mary Fioratti

6 comentários:

Zé Carlos disse...

Mary querida, super linda, interessante e sintomática poesia... Vc é 1000. Um lindo domingo, bjs do Zé Carlos

mixtu disse...

Mary:

Lindo... perfeito (tão perfeito como a ampulheta), lindo...

jinhos

Anônimo disse...

Ha dias assim!
Esta lindo minha querida.

Um beijo*

A .Carlos disse...

Olá Mary,
que poema tão bonito...melancólico, mas transbordando de sentimentos.
Amanhã é outro dia, e desejo que seja um dia melhor para ti.
:))))
Bjss
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Sara MM disse...

oi.
vim cá pela primeira vez e fiquei deslumbrada! os poemas são mesmo magnificos, tocantes, bem escritos... e eu que nem sou de poesia.. adorei!! merci pelos momentos!
Tb estou a sentir uma ausência... de outro tipo... e é segredo...

BJS

☆Fanny☆ disse...

Ausências...mas que nos deixam rastos de presença de alguém que amamos...suaves brisas que nos acarinham o coração e nos bordam lembranças eternas na alma.

Esta melodia é linda! ;-)

Beijinhos*

Fanny