08 fevereiro 2006







A DOR DO AMOR




A dor do amor eh como um relâmpago
num céu limpo e azulado
Intenso, possante, dominador
O coração se sente assim...despedaçado
Eh assim...a dor do amor
Por que o amor dói?
se deveria apenas amansar a alma
Por que exulta-se? Incendeia-se?
por que queima? arranca a pele?
A dor do amor
...parece ferida aberta
sangra... fica exposta
e não ha band-aid que a cubra
não ha remédio que a anestesie
arrepia a alma, parece que nunca passa
eh como numa janela de um trem
quando a paisagem passa...passa....
e nunca acaba...
como se o mundo não tivesse um fim
naquelas estradas interminaveis
assim eh a dor do amor
uma loucura em vida
um pano de fundo
um riso descontrolado
um choro descompassado
A dor do amor só passa
quando acorda a alma
que dorme tranquila
E a deixa em alvoroço
Ela quer a presença
o cheiro, o toque, o abraço
quer o beijo enroscando línguas
as pernas entrelaçadas
E depois do amor,
essa mesma dor, o amor abraça
fecha os olhos devagarinho
acalma todos os sentidos
e fica em estado de graça


Mary Fioratti

2 comentários:

Zé Carlos disse...

Ah! Mary querida como seriam vocês poetas se não existisse a dor de amor?
"A dor do amor é como um relâmpago
num céu limpo e azulado" ... já percebeu que nada é capaz de escondê-la, assim como a um relâmpago?
Parabéns por mais este lindo trabalho. Trabalho? ou catarse?
Beijo enorme, Zé Carlos

mixtu disse...

o amor tem dor, (questiono)

jinhos