02 dezembro 2006




S O M B R A





Você não me vê
mas estou ao seu lado
entre a parede e sua sombra
sigo seu pensamento
seus passos lentos
rio seu riso de escárnio
choro suas lagrimas de dor...

Você não me vê
mas estou abraçada ao seu pensamento
em cada vôo de seus sentimentos
nas paradas mais longas
no observar da vida
o olhar sem destino
o sentir engasgado
a dor na ferida...

Você não me vê
mas a cada dia minha alma se desprende
voa pelo espaço, envolve-o
abraça-o e o compreende
Tudo que no passado vivemos
(e ainda existe)
que seja em forma de unguento
em seus dias mais tristes

Você não me vê
mudei a cor do cabelo
os meus braços abertos
ficaram parados como num filme
minha boca entreaberta
ainda espera o seu beijo
e o silencio das nossas vozes
alimenta o meu desejo

Desejo de vê-lo feliz
andando sem hora marcada
sem entrave nos passos
no rosto a doçura das madrugadas
com a expressao de seus sonhos
pintados em olhares de fantasia
e na mão a caneta e o papel
fazendo amor com a poesia

®Mary Fioratti

2 comentários:

Jéssica disse...

Houve um época keu tinha medo de sombras, qquer sombra, principalmente a das árvores qdo ventava, ihhhh, eu tinha (tenho) tantos medos, de poça de água por ex.... mas o de sombras era o q mais me afligia e tirava a paz...rs... Graças a Deus esses medos de infância passaram, mas surgiram outros, de gente grande, como por ex., o de tanto ver desgraça na mídia e me tornar uma pessoa insensível. Tem uma pessoa na família q diz q a gente se acostuma até com o q é ruim. Eu não quero ser assim. Lindo post, como sempre, música perfeira... blog, dos melhores q eu acesso... graças á simpatia, graciosidade e sinceridade da blogueira. Bom domingo, boa neve, beijosssssss

Ricardo Rayol disse...

belo escrito mary.