26 outubro 2006




CANTEIRO DE SUA ALMA




Quando eu encontrei você aquele dia
No momento exato em que minha alma
Fitou seu coração
As estrelas misturaram-se no céu
Afetadas por aquela doce vibração

Aquele dia
Tirei meus carretéis com linhas
De todas as cores
E comecei o bordado de sua alma
Desmanchando cada florzinha
Que estava rasgada
Rebordando cada uma
Com minha alma tão apaixonada!

Você me olhava
Descobrindo extasiado
A sua vida naquele novo bordado
Pedindo-me para trocar as cores
E encher de amores
Cada cantinho da sua solidão

No entanto... cheguei tarde
E o medo daquela intensidade
fortemente nos dominou!

Lembro-me bem daquele dia
Quando nos despimos de toda fantasia
E olhando em seus olhos eu chorei

Você ali parado naquela despedida
Ficou mergulhado tão tonto em sua vida
Naquele canteiro com as flores que eu plantei


®Mary Fioratti

2 comentários:

Zé Carlos disse...

Mary menina, querida
Vc extrapola.
Não vou comentar.
Vim te trazer um beijo. ZC**

Anônimo disse...

Ah, essa dor que tanto machuca quando se descobre que o encontro se deu quando não era mais possível sonhar...

Amiga de minh'alma, que poema mais lindo, mais sentido, mais verdadeiro!

O carinho de suas palavras sempre chega para enfeitar de coloridos raios as horas do meu dia. Obrigada por estar sempre no meu canto, levando-me a beleza do seu existir.

Deixo aqui um sorriso colhido na face de um anjo, uma flor cedida pelas fadas do amor, e um beijo do meu para o seu coração.

Com todo o meu carinho!