09 dezembro 2005




MORTE E VIDA




Hoje morri um pouco
(não se morre um pouco todos os dias?)
A morte não é somente aquela definida
Quando entramos embaixo da terra
Corpo inerte…sem nossa alma
Ela também termina
Quando percebemos
Que os corredores que percorremos
Nao são reais…sao imaginários
(esta não é a morte pior?)

Sim !

Hoje morri um pouco
Com visões reais de uma paisagem
Onde o sol não me pareceu
Tão brilhante
Nem a lua se mostrou
Maravilhosamente minha
Ouvi aquela música
E ela nao me pareceu
Tão bela….


Esta morte, no entanto,
Tem muito a ver com a vida
(Fragmentos de ilusão)
Hoje morri
Mas sem lágrimas
Sinto-me “quase” nova
Jogando fora
Meu velho coração!
(velhas ilusões)

Mary Fioratti

3 comentários:

Zé Carlos disse...

Quando nascemos recebemos em nossa conta-corrente um certo número de dias de vida. A cada dia que passa morremos um pouco pois esta nossa conta não admite reforços e ela vai sendo reduzida aos poucos... Como não há extrato para administração do saldo, façamos com que o dia de hoje seja o maior e o mais lindo de todos pois quem sabe se será o último?
Um sábado maravilhoso - branquinho e neve mas com o coração quente. Zé

Anônimo disse...

Mary querida, lindos esses poemas que eu já conhecia e gosto tanto!
Olha, adicionei seu link em meus favoritos do Flog, tá?
Um beijo, menina e feliz final de semana.
Edna

Anônimo disse...

Marynha.... té chorei, sua chata!!!
Como vc consegue por no papel o que eu tô sentindo?
Beijo
Val